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A organização que se auto-inova – Atenção Plena como caminho

  • Foto do escritor: Laís Cossermelli
    Laís Cossermelli
  • 10 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 11 de jul. de 2022


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Neste blog vou reunir duas paixões: a Atenção Plena e o ambiente de negócios. Para saber um pouco mais sobre Atenção Plena, se você ainda não conhece, indico este vídeo da Dra Shauna Shapiro, que acho ao mesmo tempo didático e inspirador. Minha intenção não é descrever a prática, mas fazer a ponte entre Atenção Plena e o mundo dos negócios. Minha visão é que organizações conscientes, que são admiradas no presente e futuro são espaços onde as pessoas se mostram de maneira livre e segura, e sentem que realizam um trabalho com significado e propósito.


Essas organizações cultivam um espaço de integridade, sabedoria, autenticidade, compaixão e criatividade. A liderança é exemplo e promove a mudança de dentro pra fora, criando condições para autotransformação. Acredito que empresas são atualmente o tipo de sistema com maior potência para criar impactos positivos no mundo. E a vivência de práticas de Atenção Plena (Mindfulness) é um caminho que leva nesta direção.


Recentemente assisti um painel com líderes das empresas Linkedin, Microsoft, Facebook e Google descrevendo a relevância das práticas de Atenção Plena no ambiente de trabalho, sustentando a visão de que as pessoas devem ser vistas como um todo, e não somente sob o ponto de vista das suas entregas. Isso não significa a irrelevância da performance, mas é uma visão que integra resultados com bem-estar global das pessoas. Acreditam que o trabalho no nosso interior cria impacto positivo nas pessoas, nas relações e também nos produtos e serviços que criam, promovem ou vendem.


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Ao realizar práticas de Atenção Plena, cultivamos novas qualidades essenciais no ambiente de trabalho, que se traduzem na forma que nos relacionamos, tomamos decisões e cuidamos do nosso bem-estar (corpo, mente, emoções e espírito). Do ponto de vista dos negócios, há uma atualização do posicionamento da empresa, ao promover e sustentar um estado de consciência mais expansivo, inclusivo e sustentável, considerando nossa condição de interdependência e interconexão com tudo e todos.






É um chamado para sair do paradigma de mais entregas e mais resultado e sentir-se vazio e infeliz no fim do dia. A Atenção Plena nos chama pra dentro, e somos convidados a sair do modo automático. Sem esta atenção especial e compassiva em nosso interior, somos arrastados pelas demandas a serem cumpridas, narrativas recorrentes (o diálogo ininterrupto da mente) e emoções negativas que nos assolam e drenam nossa energia. Em grande parte estamos inconscientes desses processos, mas cada vez mais, sentimos necessidade de agir ancorados em algo com maior significado e propósito.


As empresas que tem cultivado a realização de práticas de Atenção Plena tem aprendido que ao voltarmos a atenção ao nosso estado interno, nós performamos melhor, lideramos melhor e criamos o impacto que estamos intencionando.


Um ambiente externo que apresenta cada vez mais complexidade, ambiguidade e mudanças abruptas constantes, requer pessoas que saibam navegar por turbulências mantendo seu estado de presença e conexão com as pessoas. Sabemos que a mudança é inevitável, mas a autotransformação é uma escolha consciente. O que é percebido no exterior, começa no interior.


Fica a reflexão e o convite para líderes e organizações abrirem espaço para criar grupos, comunidades que promovam as práticas de Atenção Plena no ambiente de trabalho. E, vale a lembrança de que a liderança é o exemplo daquilo que quer ver na organização. Fica o convite para conhecer mais sobre o tema e quem sabe, investir neste movimento. Neste blog minha intenção foi apresentar a conexão da Atenção Plena com o ambiente de negócios e o potencial de transformação que reside nela. Como eu disse a Atenção Plena é uma das minha paixões e pratico há mais de 20 anos. Tem sido um sonho realizado poder levar mais disso para o mundo dos negócios. Ver mais pessoas realizando seu trabalho com consciência, se tornando cada vez mais livres e seguras; e empresas entregando produtos e serviços de forma sistemicamente responsável.


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